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“Me passa o cardápio e eu faço o projeto.” Foi assim que a designer de interiores Eliene Lucindo começou a contar como funciona o processo criativo para restaurantes temáticos, nicho em que a profissional tem trabalhado bastante nos último tempos.
Natural de Anápolis, Lucindo, que é especialista em arquitetura residencial e comercial e em paisagismo, dedica muita atenção ao pós-projeto. Mais especificamente, ao cuidado com os materiais usados. A preocupação é tanta, que prepara um manual de manutenção da casa e entrega aos clientes, ao final do trabalho. De cortesia, ainda faz um visita para educar os prestadores de serviços dos clientes sobre o manejo com os materiais.
Nos últimos tempos, Eliene Lucindo tem usado bastante os elementos vazados: o bom e velho cobogó. “Ele tem vários benefícios: iluminação, circulação de ar, possibilidades de cor, identidade com Brasília”, elabora.
No restaurante de comida nordestina Mandacaru, a profissional usou dois padrões de cobogó em cerâmica bruta e os coloriu. “Em estabelecimentos comerciais, uso o tijolo vermelho mesmo. Eu pinto as peças e deixo com a cor que quero”, comenta. No projeto do restaurante, Eliene usou cobogós da Cerâmica Martins, disponíveis nas lojas Só Reparos.
Os painéis com vários padrões de cobogós que a profissional costuma fazer demandam análise para a composição. “Eu monto uma versão, sem rejunte mesmo, fotografo e fico observando. Levo um tempo para refletir se o conjunto fica harmônico”. O resultado é semelhante a uma colcha de retalhos, que, com trabalho de iluminação e escolha estratégica de piso, cria efeito decorativo. “Quebra a monotonia. Cria movimento e gera curiosidade no olhar”, encerra.
“Os painéis de cobogó, especialmente os de cerâmica bruta, têm ótimo custo benefício. São muito baratos e ainda permitem ousar na pintura”
Eliene Lucindo, designer de interiores, atende no escritório Laboratório de Interiores.
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