Banheiros não são reformados a todo tempo. Parece uma obviedade quando se diz, mas tem gente que esquece isso e pode se arrepender. Quem sabe bem disso é Alessandra Araújo, arquiteta, urbanista e consultora de Feng Shui tradicional (prática milenar chinesa que harmoniza a pessoa com o ambiente em que trabalha ou mora). “Diferente de outros espaços, em que a pintura da parede ou a disposição dos móveis já muda tudo, não ocorre o mesmo com os banheiros”, destaca. A solução? Desenvolver ambientes atemporais. “Porque, assim, sempre vai estar bonito e atual”, explica Araújo, que atua no setor há 16 anos e hoje atende, com a sócia Claudine Araújo, na Santos Belfort Arquitetura.
“Banheiros muito ousados e muito diferentes são para mostras de decoração. A realidade pede um banheiro que, daqui três anos, o cliente olhe e continue achando bonito”, comenta. Para isso, deve-se evitar materiais que fiquem cansativos. “Não podemos pensar em fazer um banheiro cheio de modismos”, continua.
Uma das dúvidas gira em torno da escolha da cuba. São vários tipos (de apoio, de sobreposição, de semi–encaixe, de embutir, de parede e montada), formatos, cores e materiais. Para escolher a que melhor encaixa com o projeto, Alessandra Araújo recomenda, primeiramente, observar o espaço da bancada. Em segundo lugar, avaliar a necessidade do cliente. Cubas maiores funcionam melhor para quem não precisa de muito espaço na bancada, por exemplo. Em terceiro, deve-se colocar no lugar do cliente e pensar na pessoa irá usar a cuba.
A profissional comenta que em boa parte dos projetos são usadas cubas de apoio – aquelas que ficam inteiramente sobre a bancada. Na reforma de um apartamento do Sudoeste, de 140 m², cada banheiro usou uma cuba diferente. Para sua suíte, a proprietária escolheu a cuba de apoio Deca L260, na cor marrom fosco, encontrada na Só Reparos. “Ela se apaixonou pela cuba”, encerra.
“Não podemos pensar em fazer um banheiro de modismo.” Alessandra Araújo, arquiteta, urbanista e consultora
Willian Brandão